pra bom entendedor
meia palavra basta
pra bom caçador
uma caça
pra bom pescador
uma rede
pra uma construção
meia parede (basta)
para o violão
o acorde
para uma canção
um poema
mas pra que dizer
o que estava escrito
pra que contar
se era infinito
é como acordar
num sonho bonito
como sufocar esse grito
pra bom entendedor
meia palavra basta
pra bom caçador
uma caça
pra bom pescador
uma rede
para uma construção
meia parede
para o violão
o acorde
para uma canção
um poema
pra ir na contramão
seguir em frente
pra sofrer da razão
basta ser diferente
pra ter emoção
é só dizer
é só olhar
é só ouvir
difícil perceber que
pra bom entendedor
meia palavra basta
pra bom ente
me pala bas
me pala bas
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
4ever
às vezes escrevo
às vezes escravo
às vezes escracho
às vezes escarro
às vezes decido
às vezes declaro
às vezes demito
às vezes delato
às vezes respiro
às vezes reparo
às vezes retiro
às vezes relato
às vezes bloco
às vezes choco
às vezes troço
às vezes traço
às vezes encontro
às vezes perdido
às vezes tumulto
às vezes exílio
às vezes soluço
às vezes vomito
às vezes de bruço
às vezes delito
às vezes choro
às vezes morro
às vezes ando
às vezes corro
às vezes um dia
às vezes um ano
às vezes pileque
às vezes sonhando
às vezes pra sempre
pra sempre até quando
se quando vai indo
vai indo e voltando
às vezes escravo
às vezes escracho
às vezes escarro
às vezes decido
às vezes declaro
às vezes demito
às vezes delato
às vezes respiro
às vezes reparo
às vezes retiro
às vezes relato
às vezes bloco
às vezes choco
às vezes troço
às vezes traço
às vezes encontro
às vezes perdido
às vezes tumulto
às vezes exílio
às vezes soluço
às vezes vomito
às vezes de bruço
às vezes delito
às vezes choro
às vezes morro
às vezes ando
às vezes corro
às vezes um dia
às vezes um ano
às vezes pileque
às vezes sonhando
às vezes pra sempre
pra sempre até quando
se quando vai indo
vai indo e voltando
terça-feira, 11 de setembro de 2007
ilha
vou
ao mar aberto
destino certo
de quem
enfrenta a vida
de peito aberto
destino certo
o mar aberto
é algo mais
pra quem
vê a vida
de olho aberto
ir
rumo ao deserto
de si
não satisfaz
prazer
de encontrar
o mar
em si
salgar a pele
curtir
a alma
e
sorrir
ao mar aberto
destino certo
de quem
enfrenta a vida
de peito aberto
destino certo
o mar aberto
é algo mais
pra quem
vê a vida
de olho aberto
ir
rumo ao deserto
de si
não satisfaz
prazer
de encontrar
o mar
em si
salgar a pele
curtir
a alma
e
sorrir
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
porrada
o aniversário é seu
mas sou eu
quem envelhece
meus cabelos
grisalhos
cada dia mais
brancos
minha pele
pêssego
ficando mais
flácida
os seios
túrgidos
os olhos
úmidos
vc comemora
e eu encho a cara
cheia que estou
dessa vida
desta dívida
que sempre sobra
porque talvez
beber conserve
uma certa
adolescência
talvez porque
confundir-se
seja um ato
solitário
mas sou eu
quem envelhece
meus cabelos
grisalhos
cada dia mais
brancos
minha pele
pêssego
ficando mais
flácida
os seios
túrgidos
os olhos
úmidos
vc comemora
e eu encho a cara
cheia que estou
dessa vida
desta dívida
que sempre sobra
porque talvez
beber conserve
uma certa
adolescência
talvez porque
confundir-se
seja um ato
solitário
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
aplicação
a palavra é de prata
o silêncio é de ouro
a palavra basta
o silêncio é puro
a palavra é traço
o silêncio é rumo
a palavra o máximo
o silêncio é duro
a palavra é ácida
o silêncio um muro
a palavra é tácita
o silêncio é turvo
a palavra é clara
o silêncio escuro
a palavra estraga
o silêncio ajuda
a palavra fala
o silêncio mudo
a palavra - nada
o silêncio - tudo
o silêncio é de ouro
a palavra basta
o silêncio é puro
a palavra é traço
o silêncio é rumo
a palavra o máximo
o silêncio é duro
a palavra é ácida
o silêncio um muro
a palavra é tácita
o silêncio é turvo
a palavra é clara
o silêncio escuro
a palavra estraga
o silêncio ajuda
a palavra fala
o silêncio mudo
a palavra - nada
o silêncio - tudo
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
oceano
minha amiga mora longe
e eu lhe escrevo versos
poemas e cartas
minha amiga mora em mim
e a distância parece menor
se a saudade se desfaz
em lembranças
minha amiga mora ao lado
na rua de baixo
num sufoco
confesso
minha fragilidade
no despejo das lágrimas
abro um sorriso
minha amiga chegará
ao cair da tarde
para tomar chá
andaremos pela paisagem
descalças
as mãos dadas
feito a infância
um brilho nos olhos
persistente
minha amiga mora longe
e não importa
todos os dias existem
para tornar o reencontro
das nossa mãos antigas
o presságio do futuro
um instante único
interessante pressuposto
minha amiga mora sempre
dentro e fora do meu coração
e eu lhe escrevo versos
poemas e cartas
minha amiga mora em mim
e a distância parece menor
se a saudade se desfaz
em lembranças
minha amiga mora ao lado
na rua de baixo
num sufoco
confesso
minha fragilidade
no despejo das lágrimas
abro um sorriso
minha amiga chegará
ao cair da tarde
para tomar chá
andaremos pela paisagem
descalças
as mãos dadas
feito a infância
um brilho nos olhos
persistente
minha amiga mora longe
e não importa
todos os dias existem
para tornar o reencontro
das nossa mãos antigas
o presságio do futuro
um instante único
interessante pressuposto
minha amiga mora sempre
dentro e fora do meu coração
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
manhãs
um sono eterno me consome
ópio que me percorre as veias
thc em doses fatais
aos neurônios
estranhas sensações
mania de perseguição
pânico paranóia
buraco de ozônio na memória
raio que me atinge em transe
pura inspiração de éter
leio os poemas de pessoa
o naufrágio das civilizações
em episódios históricos
quão humana e desumana
essa fragilidade evolutiva
qual será o próximo passo
do nosso plano
rumo a esse desencontro
encontro que perdura
nessa loucura ínfima
impune-se o poeta
impõe-se o alumbramento
uma névoa sempre esconde
e releva a realidade
ópio que me percorre as veias
thc em doses fatais
aos neurônios
estranhas sensações
mania de perseguição
pânico paranóia
buraco de ozônio na memória
raio que me atinge em transe
pura inspiração de éter
leio os poemas de pessoa
o naufrágio das civilizações
em episódios históricos
quão humana e desumana
essa fragilidade evolutiva
qual será o próximo passo
do nosso plano
rumo a esse desencontro
encontro que perdura
nessa loucura ínfima
impune-se o poeta
impõe-se o alumbramento
uma névoa sempre esconde
e releva a realidade
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