segunda-feira, 20 de agosto de 2007

manhãs

um sono eterno me consome
ópio que me percorre as veias
thc em doses fatais
aos neurônios

estranhas sensações
mania de perseguição
pânico paranóia
buraco de ozônio na memória

raio que me atinge em transe
pura inspiração de éter
leio os poemas de pessoa
o naufrágio das civilizações
em episódios históricos

quão humana e desumana
essa fragilidade evolutiva
qual será o próximo passo
do nosso plano

rumo a esse desencontro
encontro que perdura
nessa loucura ínfima
impune-se o poeta
impõe-se o alumbramento

uma névoa sempre esconde
e releva a realidade

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